Em Busca da Felicidade: Autoconhecimento

Para melhor compreensão, leia a primeira parte do texto AQUI!

Um ponto muito importante nesse processo de busca da felicidade é o autoconhecimento. Quem você é verdadeiramente irá lhe ajudar a saber quais coisas realmente importam na sua sua vida e por estas você irá lutar.

Ontem estava assistindo o clipe da música Price Tag e fiz uma reflexão muito séria encima de sua letra.

Etiqueta

Parece que todo mundo tem um preço

Eu me pergunto como eles dormem à noite

Quando a venda vem primeiro

E a verdade vem depois

Apenas pare por um minuto e sorria (pra foto)

Por que todos estão tão sérios?

Agindo tão misteriosamente

Vocês têm sombras no olhar

E seus saltos são tão altos que não podem nem se divertir

Todos olham para sua esquerda

Todos olham para sua direita

Você consegue perceber?

(Faça diferente) Pague com amor hoje

Não tem nada haver com dinheiro, dinheiro, dinheiro

Nós não precisamos do seu dinheiro, dinheiro, dinheiro

Nós só queremos fazer o mundo dançar

Esqueça o preço das etiquetas

Não estamos falando sobre o "tim-tim" (da caixa registradora)

Nem sobre o “bling-bling” (de pingentes extravagantes)

Queremos fazer o mundo dançar

Esqueça o preço das etiquetas

Precisamos voltar no tempo

Quando a música fazia todos nós nos unirmos

Não tinha golpes baixos e vadias em vídeos

Sou a única ficando... cansada?

Por que todos estão tão obcecados?

O dinheiro não pode comprar felicidade

Se todos nós ralaxarmos e nos divertirmos

Garanto que nos sentiremos bem

Eu refleti tão loucamente que após ver o clipe fiquei muito triste e assustada.
Fazemos tudo pelo dinheiro. Estudamos pelo dinheiro. Trabalhamos pelo dinheiro. Temos sonhos pelo dinheiro. Ou pela aparência do “ter dinheiro”. Compramos roupas que são de marca ou que aparentam ser de marca. Nossos calçados são de marca ou de imitações. Procuramos ter o cabelo igual à pessoa que tem muito dinheiro. A maquiagem deve aparentar a perfeição de quem já fez muitos tratamentos de beleza. Tudo é por causa do dinheiro.

Quem compra uma roupa apenas para não estar nu? Quem compra um agasalho apenas para não sentir frio? Compramos de determinado jeito para mostrar o quanto de dinheiro possuímos em nossas carteiras ou um pouco mais do que possuímos.

Posso estar tendo palavras duras. Primeiramente estou sendo dura comigo mesma. Mas não podemos ser hipócritas. E essa análise é você quem vai fazer aí dentro.

Você é uma pessoa alegre? Então por que você não compra duas roupas coloridas e as reveza na semana? “Precisamos” ter mais de duas roupas para não aparentarmos não termos condição de comprar roupas.

Por que as pessoas enfeitam a porta de suas casas com pisos caros e plantas ornamentais se de nada se aproveita? Para mostrar ao vizinhos e as pessoas que as conhecem que elas vivem bem e confortáveis.

Gente, sinceramente não sei onde esse pensamento irá parar, mas comprar roupa e investir no estereótipo do “eu tenho” é algo arraigado há centenas de anos. É cultural. Não se sinta tão ruim igual eu me senti (e ainda me sinto um pouco). Você nasceu nessa atmosfera teatral onde eu não sou exatamente o que eu aparento, mas o importante é que você pensa que sou assim.

E simplesmente decidir ser contra a cultura não é algo tão simples e fácil. É quase primitivo (porque a felicidade na verdade é primitiva)... O que eu estou tentando fazer é buscar o equilíbrio (se existir) de viver da forma mais consciente e sincera comigo mesma possível. É muito triste ver que existem pessoas que sacrificam a vida perto da família, por exemplo, para poder dar a ela "do bom e do melhor" ou para viver uma "vida boa", que família horrenda é essa que prefere o dinheiro a ter que conviver com tal pessoa? Será mesmo se esta terá mais prazer ao chegar no final da vida e ver que ajuntou o máximo que conseguiu e perdeu as primeiras palavras dos seus filhos, a histórias antes de dormir, as viagens para o meio do mato, os melhores sorrisos e os abraços mais calorosos? O TER não pode ser melhor que o SER!

Mediante isto, pratique o autoconhecimento. Entenda as suas preferências. Quem você é será um diferencial para uma vida mais consciente e feliz. Se você tem vontade de sair do seu bairro por causa da periculosidade em vez da vergonha de morar na periferia, vá em frente, trabalhe para isso. Se você gosta de não seguir a moda e suas tendências, faça mais roupas na costureira e se alguém perguntar a marca responda que é a sua própria. Se você não gosta da corrupção do Brasil e quer ir para um lugar melhor, faça do seu espaço esse lugar, em vez de invejar a vida inteira outros países e culturas.
Só não esqueça: antes de tomar tais atitudes, se conheça. Seja apresentado a você mesmo. Você se surpreenderá com uma explosão de simplicidade.

Continua...

Emma Torres